Atelier Heráldico

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ARTE DE LUXO

>> EXEMPLO Nº 37







































 
Desenvolvemos uma arte mais rebuscada e cheia de detalhes artísticos ao estilo medieval de páginas de livros sagrados, documentos da realeza, e qualquer outro tipo que, por serem difíceis de se fazer, eram por isso caríssimas na sua época.

Histórico do Serviço:

Carolina Josefa Leopoldina Francisca Fernanda de Habsburgo-Lorena, que no alemão original é Caroline Josepha Leopoldine Franziska Ferdinanda von Österreich, arquiduquesa da Áustria, foi a Imperatriz Maria Leopoldina, a primeira imperatriz que o Brasil teve. Ela foi uma personalidade que mais e mais está sendo descoberta a cada ano que passa. A expressão popular "atrás de todo grande homem há sempre uma grande mulher" quase que neste caso deveria ser invetrida pois de tempos para cá se descobriu que a personalidade forte no caso da proclamação da independência do Brasil não foi D.Pedro I, mas sim de Dna. Leopoldina. Há quem afirme que ela é quem foi a proclamadora da independência, mas isso nunca aconteceu, para a infelicidade dos que queriam que isso tivesse acontecido. As próprias leis da época definiam o papel de um regente e como tal, Dna. Leopoldina só podia assegurar o funcionamento da nação em lugar do monarca, mas de forma alguma ela poderia ratificar qualquer mudança na Nação. Mas ainda assim se sabe que do casal, o diplomata dos dois era ela, preparada assim na corte autríiaca. Mas ... D.Pedro I eram quem tinha a autoridade e então coube a ele proclamar a independência. De qualquer forma, ela é peça importantíssima no processo. 
Nas palavras de Paulo Rezutti:

"D. Leopoldina era uma estrategista, mais preparada e educada que D. Pedro, teve a sua história diminuída e elevada a categoria de santa, mártir de paciência por tudo o que sofreu no Brasil. Aliás, coisa comum em nossa história são as mulheres entrarem nela ou como santas, ou como devassas e terem seus papéis políticos apagados."

Paulo Rezzutti é arquiteto e também historiador apaixonado pelas histórias biográficas da família imperial brasileira. Ele já escreveu os livros:

  • "Titília e o Demonão. Cartas inéditas de d. Pedro à marquesa de Santos" (2011)
  • "Domitila, a verdadeira história da marquesa de Santos" (2012)
  • "D. Pedro, a história não contada. O homem revelado por cartas e documentos inéditos" (2015)
  • "D. Pedro IV, a história não contada. O homem revelado por cartas e documentos inéditos" (Portugal, 2016)
  • "D. Leopoldina, a história não contada. A mulher que arquitetou a Independência do Brasil" (2017)
  • "Domitila, a verdadeira história da marquesa de Santos" - Edição revista e ampliada (2017)

Paulo, que além de historiador e escritor é também membro do STACHB, deu sua contribuição para podermos "debulhar" a instrincada situação que era a mal organizada heráldica brasileira dos tempos da monarquia. Com sua contribuição em breve teremos também os brasões das imperatrizes D.Amélia e D.Tereza Cristina.

Assista aos vídeos de Paulo Rezzutti no seu canal no Youtube: www.youtube.com/channel/UCEQ12yB8QLw9pVOY3lo34_g

Sobre a idéia de fazer um brasão de Dona. Leopoldina, aqui vão algumas consideraçõies técnicas heráldicas:
  1. O Brasil não tinha ainda uma arte heráldica definida, e a bem da verdade, nunca chegou a ter. Tudo o que existia eram oficiais de heráldica ainda portugueses, e mesmo assim, o responsável por ela era o principal rei-de-armas Possidônio Carneiro da Fonseca Costa, uma pessoa que já estava começando a ficar literalmente louco naquele ano de 1822. Possidônio tinha registros vindos ainda dos tempos de Portugal, e tudo sumiu na época da sua morte e nada se sabe a este respeito até hoje.
  2. Nunca houve um conjunto de regras heráldicas brasileiras, nem mesmo depois da era de Possidônio. Os rei-de-armas seguintes também não redigiram nada de oficial. Tudo estava na cabeça deles e nada foi oficializado, nem mesmo na época de D.Pedro II. Possivelmente nos últimos tempos de D.Pedro II a heráldica brasileira estava começando a se padronizar, mas então veio o golpe republicano.
  3. Com esta falta de definição de regras heráldicas, algumas coisas ficaram indefinidas.
         A - Nunca se criou coroas heráldicas para certos graus, como príncipe, duque filho de monarca ("infantes"), rainha, etc.
         B - Nunca se criou brasões para as três imperatrizes que o Brasil teve, Dna. Maria Leopodina, Dna. Amélia e Dna. Tereza.
Levando em conta a desordem - ou no mínimo, falta de definições -  que era a heráldica imperial brasileir\a, tudo o que se pode fazer é apenas criar desenhos expeculativos de como seriam os brasões das imperatrizes brasileiras. Com isso criamos o que se chama de "alegoria", que é um desenho não oficial e que não pode ser chamado de brasão, tecnicamente falando. Só poderia ser chamado de brasão se o desenho fosse criado em cima de regras estabelecidas, e esse não é o caso, infelizmente. Com isso em mente, as únicas informações técnicas heráldica que dispomos é:
  1. A heráldica é por padrão a obdervância de tradições, e como tal, a heráldica brasileira se baseia na heráldica lusitana.
  2. Mesmo sendo em parte a heráldica lusitana a base para a heráldica brasileira, ainda assim, nem isso ficou definido, pois em tese cada Nação tem por direito criar suas próprias regras. Por exemplo:
         A - A Holanda adotou o uso da cor laranja em suas artes, cor esta que não é heráldica na maioria do mundo;
         B - O Vaticano usa e abusa livremente da infranção da primeira regra heráldica, que é a proibição de colorir metal sobre metal;
         C - Algumas possessões germânicas adotaram o azul celeste como uma das cores de seus símbolos, também uma cor não heráldica;
         D - O Japão tinha heráldica própria, quase que 100% diferente de qualquer heráldica européia;
  3. O costume lusitano para brasões femininos era de formato losangular ou oval, sendo os ovais apenas para as não casadas e os losangulares para as casadas.
  4. No formato losangular, o escudo é dividido ao meio, sendo o lado direito (esquerdo de quem vê) recebe as armas do marido e o lado esquerdo (direito de quem vê são então as armas da mulher.
  5. Entretanto, no caso de rainhas monarcas ou consortes de monarcas, muitos exemplos de brasões receberam o formato de escudo "normal", não losangular, mas nem isso é padrão.
  6. Para o caso de Dna. Leopoldina, usamos o costume germânico para determinar quais seriam as armas de Dna. Leopoldina.
         A - Todo filho e filha de monarca usava exatamente o mesmo brasão do pai ou mãe monarca, e no caso, seria o do mperador Francisco I da Áustria;
         B - As armas de Francisco I eram as armas da Casa de Habsburg-Lorraine. Estas armas eram terciadas, cada qual representando:
              1 - Casa de Habsburg, Condes de Habsburg;
              2 - Casa de Habsburg, Duques da Áustria;
              3 - Casa de Lorraine, Condes de Vaudémont;
Casa de Habsburg-Lorraine Casa de Habsburg
Condes de Habsburg
Casa de Habsburg
Duques da Áustria
Casa de Lorraine
Condes de Vaudémont
Sob  todas estas considerações, criamos uma alegoria crível do que seria o brasão de Dna. Leopoldina, considerando que:
  1. O escudo, não no formato losangular, é partido, sendo o lado direito - esquerdo de quem vê o desenho - constituido pelas armas do Império do Brasil, que também são as armas no monarca brasileiro, D.Pedro I, e que o lado esquerdo - direito de quem vê o desenho - é formado pelas armas do pai de D. Leopodina, Francisco I, Imperador da Áustria, chefe da Casa de Habsburg-Lorraine.
  2. O escudo que adotamos também não é o formato mais usual encontrado nos desenhos que é um formato que muitos chamam de "francês", mas que na realidade é mais inglês. O formato popularmente chamado de "francês" não tem as pontas para fora da parte superior do escudo.
  3. Diretamente sobre um escudo de consorte de monarca não há coroa, ao menos na cultura heráldica lusitana, mas como ela era da Casa do monarca, então costumeiramente também se desenha o escudo de armas da consorte dentro de um conjunto formado por uma capa e esta rematada pela coroa heráldico do seu marido, neste caso, a de D.Pedro I. Na nossa alegoria, entretando, usamos o desenho da coroa física verdadeira que D.Pedro I usava sobre sua cabeça. A coroa heráldica tem traços artísticos diferentes.

 
 

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Observação:
As marcas dágua "ATELIER HERÁLDICO"
não aparecerão na arte que o cliente comprar.







































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